Por muito que não queiramos somos
moldados pelo tempo. Não o tempo como uma quarta dimensão que nos deforma com a
sua passagem, fazendo o presente imediato, passado. Mas sim, como bacia de
transformações sociais que modificam cada pessoa ao nível dos seus sentidos e
emoções.
O que hoje é ótimo, e o que
achamos neste, ou naquele mais próximo, poderá tornar-se no horripilante, na
raiva e na distância. O que dantes era amor, já não passa de uma memória feita
de saudade. Por outro lado, o tempo também nos converte para uma vertente mais
madura. O que dantes não era nada, agora é tudo. O que dantes, este ou aquele
era incompatível, torna-se na nossa fonte de inspiração e de evolução. À
primeira vista nada é perfeito, mas é possível admirar, como diz Miguel Esteves
Cardoso, “como é linda a puta da vida”, e a roda gigante de sentimentos e
emoções que nunca imaginaríamos ter na nossa corrente sanguínea.
Viver será sempre perspetiva, no
tempo e no espaço, esculturando - nos à sua medida.
London Eye - Londres - Abril 2015
Tão simples... Tão belo
ResponderEliminarObrigada minha linda Patricinha <3
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