sábado, 30 de julho de 2016

Hoje não!

‘Hoje não’, deveria ser uma premissa de vida, aplicável em situações em que, nem a alma nem o corpo, estivessem em sintonia com o cosmos. Uma vontade de reserva, de introspeção, que cada ser disponibilizasse a preceito de usufruir.
            Hoje não! Não estou para manifestações de alegria mesmo que a felicidade esteja presente. Hoje sou só eu e os pensamentos vagos, cintilando numa mente que se tem vindo a manifestar  limpa e calma.
Podemos nos dar ao luxo de nos marimbar do mundo que tanto pressiona e julga, e fazer juízo daquilo que realmente somos?
Podemos realmente nos afastar das toxicidades que chegam como convidados não desejados? Creio que não. Mas hoje é que não.
Hoje é sim para a minha essência. Hoje só quero que não, para uma melhor clareza.  Hoje não! Não estou minimamente interessada, nem com um otimismo flagrante.
Quero o passo vagaroso de uma caravana, a contemplação do tempo no espaço.
Hoje não, pode ser por favor?

Os ‘sins’ vêm em compasso constante, a uma velocidade estonteante, eu sei que sim.